Quando falamos
de lealdade ao sistema familiar devemos sempre lembrar que além de nossas
vivencias e o ambiente que nos cerca que são responsáveis por nossas ações e
ficam armazenados no nosso inconsciente “pessoal”, existe uma força maior do
que nós que nos toma através do inconsciente familiar, que rege a sobrevivência
e progresso de toda a nossa família. Essa força baseia seu “controle” por meio
de 3 leis: ordem, pertencimento e o equilíbrio entre o dar e o tomar.
Dentro de uma família
podemos observar que muitas historias se repetem ao longo das gerações e isso
se deve a um tipo de modelo construído e que é seguido por essa força e acatado
por nós e todas as gerações seguintes de uma maneira inconsciente. O que seriam
essas estruturas que moldam os comportamentos dentro de um sistema então?
Segundo o biólogo
Rupert Sheldrake, todas as estruturas possuem um campo de força chamado campo
MORFOGENÉTICO. É ele quem passa a ideia de estrutura para a formação seguinte.
Quando surge um novo cristal por exemplo, após a formação deste primeiro, o segundo
cristal desse tipo a ser formado segue a estrutura do primeiro. Essa “memória”
para o segundo cristal se formar é acessada através de ressonância e fica
armazenada dentro de um campo morfogenético. Esse campo forma uma memória integrada
e eles funcionam modificando a probabilidade de eventos aleatórios conservando
a estrutura formada. Isso não molda apenas estruturas físicas, mas também
comportamentos, ideias e tipos de sociedades. Eles não são inalteráveis e
sofrem influencias dos hábitos. Dentro de uma constelação sistêmica familiar é
possível observar como esse campo atua dentro de uma família, pois os
comportamentos repetidos de geração em geração são resultantes do acesso inconsciente
a memória desse campo. Como por exemplo em uma família onde houve um caso de suicídio,
na geração seguinte podem haver mais casos não somente porque essa pessoa quer
seguir alguém da geração passada, mas porque formou-se um novo padrão.
Como é
possível interromper esse padrão? Através do reconhecimento desse movimento e
também da coragem para experimentar algo totalmente novo. Imagine uma família
onde várias gerações trazem histórias de relacionamentos infelizes e você como
descendente consegue detectar esse padrão e decide fazer de uma forma
diferente, decide casar por amor e manter um relacionamento feliz. Qual o
modelo estrutural que você tem para se “moldar” e fazer isto? Por isso o
movimento para o novo, uma quebra de padrão, exige coragem. Você pode até não
ter um modelo pronto para seguir, mas ao criar o novo, permite que as gerações
seguintes possuam uma nova estrutura a qual seguir. A palavra aqui é hábito. É através
dele que os campos morfogenéticos vão variando sua estrutura dentro do sistema
ao qual estão associados.
Carolina Palma Priotto
Constelação Sistêmica Familiar Individual e em Grupo
Foz do Iguaçu e Santa Terezinha De Itaipu
(45) 99969-8549
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