Admitir o
sentimento da raiva é muito difícil. Fomos educados para que sentimentos
considerados “ruins” não sejam ditos, nem demonstrados. Imagine então expor o
sentimento de raiva em relação aos pais.
Sentimentos
intensos como a raiva se originam em um momento no qual um movimento em direção
aos pais foi interrompido precocemente, no qual a criança não pode prosseguir. E
isso causa uma dor muito grande. Essa raiva então tem o papel de proteger a
criança da dor do amor. Ela é somente o outro lado do amor. Através dessa raiva
nos colocamos ilusoriamente acima dos pais e longe do sofrimento. Não se
alcança nada e ainda nos castigamos com o insucesso por isso.
Quando não se
pode mais expressar a raiva, chega-se a uma ligação com os sentimentos que
estão por trás disso, que são o amor e a dor. Esses sentimentos estão ligados.
Mas esse amor é muito mais doloroso do que a raiva, pois é vivenciado com a
sensação de total impotência. Quando expresso minha raiva, nego minha impotência.
Existem
situações em que a criança se sentiu abandonada ou rejeitada, e então ela
vivencia um desespero. A solução decisiva para essa raiva está no “Por favor”. “Por
favor papai!”, “Por favor mamãe!”.
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